Na Universidade Federal de Brasília (UnB), situação similar à que vem ocorrendo com os técnicos-administrativos do IFRN (aumento da jornada de trabalho de seis para oito horas diárias – saiba mais aqui e aqui) levou os servidores a decidirem pela greve. Confira notícia divulgada na página do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (SINTFUB):
 
 
Agora é greve: categoria mobilizada para paralisar trabalhos a partir do dia 12
 
A partir da próxima quinta-feira, dia 12, os servidores técnico-administrativos entrarão em greve para exigir que a reitoria da UnB mantenha a jornada de trabalho de seis horas diárias. Neste dia, os trabalhadores realizarão assembleia na Praça Chico Mendes, às 9h30, e, logo após, farão ato que passará pelos ICCs Norte e Sul, com término na reitoria. As deliberações foram tomadas em assembleia realizada nesta quarta-feira (4).
 
A radicalização do movimento foi adotada após várias tentativas de negociação com a reitoria. “Realizamos diversas reuniões no CAD, encaminhamos inúmeros documentos, mas a reitoria insistiu em agir arbitrariamente, desrespeitando os trabalhadores. Isso nós não podemos aceitar”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Antônio Guedes.
 
Mesmo com a determinação do CAD – resultante de consenso entre os conselheiros – de estabelecer prazo de 60 dias para apreciação dos processos de solicitação de flexibilização da jornada, com prorrogação e possibilidade de rediscussão do tema, a administração superior da UnB encaminhou às unidades acadêmicas circular orientando o retorno imediato das oito horas diárias em todos os setores da FUB.
 
“Decreto tem que ser respeitado! Não podemos abrir mão dos nossos direitos. Nenhum servidor que já tem a jornada de trabalho flexibilizada deverá retornar às oito horas diárias. A partir da semana que vem é greve contra os ataques que estamos sofrendo”, discursou o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes, se referindo ao decreto 1.590/95, que garante a possibilidade de flexibilização da jornada de trabalho em setores do serviço público.
 
Desde que Ivan Camargo assumiu a reitoria da Universidade, a política de gestão de pessoal adotada não resultou em benefícios aos trabalhadores. Ao contrário, foi suspenso o curso de línguas oferecido aos servidores técnico-administrativos; anunciada a terceirização do Restaurante Universitário; triplicados os valores dos aluguéis da Colina; inviabilizada participação dos vigilantes no curso de capacitação.
 
Audiência pública
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) participou da assembleia dos servidores técnico-administrativos desta quarta-feira e se comprometeu a agendar uma audiência pública, com convite ao reitor da UnB, para discutir a política de gestão de pessoas implementada na Universidade. “O novo reitor tem que encarar que aqui têm homens e mulheres que garantiram a jornada de trabalho flexibilizada e que agora não vão permitir que rasguem seu direito. Os trabalhadores não vão aceitar que um reitor permita que órgãos de controle façam serviços que ele não tem coragem de assumir”, disse a parlamentar.
 
Coordenação de Imprensa e Divulgação do Sintfub