A distribuição de vacinas e a imunização contra a Covid-19 no Brasil começou nessa segunda-feira (18/01), após a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar no último domingo (17/01), o uso emergencial das vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, com a Fiocruz.
O Rio Grande do Norte recebeu 82.440 doses da vacina, o que será suficiente para imunizar apenas 39.258 potiguares, que receberão duas doses num intervalo de 28 dias. A vacinação foi iniciada nesta terça-feira (19/01), e a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 foi a funcionária pública técnica de enfermagem Maria das Graças Pereira, de 57 anos. Ela trabalha há 35 anos no hospital Giselda Trigueiro, referência do Estado no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap), o processo de vacinação no Estado ocorrerá em três etapas:
1ª etapa: profissionais da saúde; pessoas com 75 anos ou mais; pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas; e pessoas de comunidades tradicionais ribeirinhas.
2ª etapa: pessoas de 60 a 74 anos
3ª etapa: pessoas com comorbidades: Diabetes mellitus; hipertensão arterial (HA) estágio 3; HA estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidades; hipertensão resistente; doença pulmonar obstrutiva crônica; insuficiência renal; doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; demais indivíduos imunossuprimidos; anemia falciforme; obesidade grau 3 (IMC≥40); síndrome de down)
De acordo com a Sesap-RN, para a primeira fase de imunização estava previsto o envio de 239 mil doses da Coronavac, mas apenas 82.440 foram enviadas ao RN. O que obrigou o Estado a ter a primeira fase de imunização fracionada, priorizando as equipes de vacinação envolvidas no processo de imunização e trabalhadores de instituições de longa permanência de idosos. Nesse primeiro momento não serão vacinadas as pessoas com 75 anos ou mais, que serão incluídas nas próximas etapas de vacinação da fase 1.
Por que se vacinar?
Sabemos que a vacinação é uma das maiores conquistas da ciência na área da prevenção de doenças infectocontagiosas. Por estimular a defesa do corpo contra vírus e bactérias que provocam sérias enfermidades, propiciando a produção de anticorpos a partir de alguns de seus derivados, a vacina permite a criação de uma barreira segura e eficaz, a partir da memória imunológica de cada pessoa. (RN + Vacina)
A vacinação é importante porque promove proteção contra a Covid-19 de duas formas, individual e coletiva. De acordo com o médico imunologista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), André Báfica, a primeira vantagem da imunização é a proteção individual, comum a qualquer tipo de vacina. Mas há também um nível coletivo de proteção oferecido pelas vacinas, que torna a imunização ainda mais importante. À medida que os habitantes começam a ser imunizados, há menos infecções e menos pessoas transmitindo o vírus para outras. Com isso, a tendência é de uma diminuição da circulação do agente infeccioso aos poucos.
O SINASEFE Natal se alegra com o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil e parabeniza os pesquisadores e a ciência brasileira pela incansável luta para garantir a imunização de todos. Essa conquista reforça o quão importante e necessário é o investimento na saúde, na ciência e na educação pública do nosso país. Reforçamos, ainda, que a pandemia não acabou com a chegada da vacina. É preciso que todos continuem seguindo os protocolos de segurança contra o coronavírus, mantendo o distanciamento social, a higiene das mãos e o uso de máscara de proteção.
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