O SINASEFE Seção Natal vem a público manifestar total repúdio contra o desrespeito por parte da gestão interventora do IFRN, que apresentou data de início das aulas remotas no Instituto para 31 de agosto e sequer elaborou um plano com propostas aceitáveis para que esse retorno seja feito de forma inclusiva, democrática e capaz de promover a qualidade do ensino para todos.

A data para início das aulas remotas foi apresentada em reunião do Comitê de Ensino (COEN) do IFRN, realizada nesta quarta-feira (05/08). Um encontro marcado pelo desrespeito aos diretores acadêmicos presentes na reunião, às propostas que vêm sendo construídas a partir de cuidadosos estudos e discussões nos campi do IFRN, bem como aos princípios de qualidade da educação pública presentes no projeto político-pedagógico (PPP) do Instituto.

Vale ressaltar que toda a organização estava sendo planejada nos campi sem nenhuma participação da gestão central da Reitoria. Após 106 dias de intervenção, essa equipe gestora nunca se preocupou em pautar a volta às aulas. Ao contrário, nessa segunda-feira (03/08), suspendeu a reunião com o CONSUP, que discutiria essa pauta e outras relativas ao apoio estudantil para aulas remotas, adiou reunião solicitada por pais de alunos e não pautou em nenhum momento tais preocupações referentes ao tema. O interventor não apresentou propostas para o início das aulas, repentinamente, nesta reunião, preocupava-se apenas em definir uma data para responder não se sabe a quem. Além do mais, agiu de forma autoritária ao responder aos diretores que solicitaram fala que “não tem questão de ordem, quem manda sou eu!”.

Os servidores presentes na reunião também presenciaram a falta de compromisso dessa gestão com os estudantes que se encontram em vulnerabilidade social. Isso ficou claro na fala do vice-interventor, José Ribeiro, que disse que existem alunos que ficarão de fora do processo, que não tem como dar acesso remoto a todos. O descaso é externado numa postura semelhante ao seu presidente, que diante da assombrosa ceifa de vidas na pandemia, respondeu “e daí? “

O retorno das aulas no IFRN é de total responsabilidade da atual gestão interventora, que segundo os regulamentos institucionais, deve planejar coletivamente, sistematizar e coordenar as propostas para essa retomada das aulas, de maneira uníssona e mantenedora da qualidade social das ofertas educativas. Mesmo diante do cenário caótico imposto pelo MEC, aceito e reforçado por tal equipe interventora, os servidores do IFRN estão trabalhando de forma colegiada e sistêmica. No sentido do retorno com ensino remoto, existe o início de propostas construídas coletivamente pela comunidade acadêmica. Temos no IFRN, uma comunidade que, em conformidade com a Constituição Federal, a LDB, e seu projeto político-pedagógico, defende os princípios democráticos na gestão educacional, uma comunidade constituída na participação de todo o processo educacional. No entanto, a decisão é sistêmica, é colegiada e aprovada pelo Conselho Superior institucional. Não se concebe decisões atabalhoadas, irresponsáveis e que não atendam aos princípios pedagógicos institucionais. Por sua vez, compreende-se que o referido planejamento participativo deve ser coordenado pelo órgão central da gestão, que é a Reitoria.

Por fim, cabe à atual gestão coordenar um plano pedagógico para o retorno das atividades no IFRN, um plano que seja dialogado com estudantes, pais, professores, Comitê COVID-19, entre outros sujeitos envolvidos. Sobretudo, um plano que atenda às diversas necessidades de toda a comunidade acadêmica. Que nenhum estudante fique de fora, que todos os professores e professoras sejam capacitados para as novas funções e que a qualidade do ensino seja garantida para todos e todas.

Todo nosso apoio aos diretores acadêmicos, demais servidores e estudantes comprometidos com a qualidade da educação do IFRN!

Diretoria Executiva do SINASEFE Seção Natal

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