Membros da diretoria e da base do SINASEFE Seção Natal participaram nesta quarta-feira (25/07) do IV Encontro Estadual de Mulheres Negras do RN. O evento aconteceu no auditório do SINTE/RN e teve como objetivo fortalecer a luta das mulheres negras da cidade e do campo contra o machismo, o racismo, a violência e pelo bem viver das mulheres negras.
O evento contou com uma roda de conversa sobre as pautas de luta das mulheres negras do RN, seguida de uma homenagem às mulheres que fazem história nos seus espaços de convivência e luta. Também foram definidos encaminhamentos para garantir a participação das mulheres no Encontro Nacional de Mulheres Negras e estratégias para o fortalecimento do Movimento de Mulheres Negras do RN.
A 4ª edição do Encontro, que também marcou a celebração do Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha, comemorado no dia 25 de julho, também contou com um debate sobre o plano de políticas para as mulheres nas eleições de 2018. Para as discussões, foram convidados os pré-candidatos ao governo do estado, Fátima Bezerra, à deputado (a) federal, Fernando Mineiro e Natália Bonavides, e à deputado (a) estadual, Joás Andrade e Ana Michele.
Na ocasião, as mulheres entregaram à pré-candidata Fátima Bezerra, uma carta com as principais pautas das Mulheres Negras do RN. Dentre as demandas da carta, está a criação da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial, a implementação de uma política de educação considerando a diversidade étnica e racial, a titularidade das terras do Povo Quilombola no RN, entre outras propostas de fortalecimento da luta do Movimento de Mulheres Negras.
Representando a diretoria do SINASEFE Natal, a coordenadora geral, Professora Socorro Silva, destacou a importância do encontro e reafirmou a defesa de políticas inclusivas para o segmento. “O SINASEFE Natal reconhece a importância do encontro e dessas bandeiras de lutas das mulheres negras e reafirma o compromisso em defesa de políticas inclusivas, principalmente de combate ao racismo, ao sexismo, à misoginia, e ao racismo institucional, que é parte do processo dessas bandeiras históricas que o movimento de mulheres negras tem pautado”, pontuou a professora que falou, ainda, da necessidade do SINASEFE abraçar essa política e discutir com a sua base o combate ao racismo estrutural, e, principalmente, pautar a discussão da educação étnico-racial nos currículos.