O terceiro dia de trabalhos do 9º Fórum Nacional de Comissões Internas de Supervisão do PCCTAE – FNCIS segue com intensa programação de debates na cidade de Garopaba-SC. Logo no início da manhã, os participantes acompanharam a Mesa “PCCTAE na conjuntura atual: Perspectivas”. O momento teve a condução do servidor aposentado Silvio Correia, um dos organizadores do FNCIS, e recebeu como expositores Mateus Santana, representante do SINASEFE Nacional e membro da CNE e Marcelo Rosa, representante da FASUBRA.

Mateus fez uma ampla análise da Conjuntura atual, chamando atenção para necessidade da unidade entre os trabalhadores. Para o servidor, o momento é de articular estratégias em defesa do PCCTAE e dos princípios democráticos. “Desde o processo de golpe, a classe trabalhadora tem acumulado derrotas e continua sendo o alvo principal desse governo ilegítimo que não tem interesse em manter a qualidade do serviço público e que considera o PCCTAE um plano que não atende os interesses das administrações”, comentou o técnico.

Segundo Marcelo Rosa, O PCCTAE não atende às IFE e não atende aos servidores TAEs. “Mesmo sendo um Plano de Carreira avançado, o PCCTAE ainda está no meio do caminho, diversas demandas da categoria não estão contempladas no documento da forma como ele se organiza atualmente”, explicou Marcelo. O técnico comentou, ainda, sobre questão previdenciária. De acordo com o PCCTAE, todos os servidores deveriam se aposentar em igualdade de condições o que é positivo, mas após as reformas na previdência, realizadas em governos passados, a regra previdenciária mudou e impossibilitou a igualdade de condições para aposentadoria dos servidores.

Marcelo também lembrou, que os servidores precisam decidir se desejam uma carreira ou um plano de cargos e salários. A carreira possibilita uma gestão de pessoal articulada com o planejamento, favorece o desenvolvimento pessoal a partir das necessidades institucionais e democratiza as relações de trabalho. O Plano, por sua vez, hierarquiza fazeres e remunerações, facilita a segmentação de fazeres nas instituições e não pressupõe desenvolvimento do servidor.

Após as falas dos palestrantes, a mesa abriu o microfone para plenária. Entre as intervenções estiveram os questionamentos dos servidores do IFRN Tonny Martinho e Sandro Alves.

Tonny lembrou que a luta pelo PCCTAE foi um movimento conjunto da FASUBRA e do SINASEFE. Já Sandro questionou os constantes discursos pregando a unidade da categoria e a dificuldade de alinhar esse discurso a prática cotidiana. O servidor sugeriu que os sindicatos e os trabalhadores se concentrem em encaminhar as discussões em que existe consenso e que os pontos de conflito sejam debatidos, mas não se sobreponham as lutas comuns. “No nosso instituto, a CJU e o TCU se instalaram na gestão e praticamente administram o instituto, nosso maior problema hoje são os ataques a jornada flexibilizada e vamos precisar de unidade para impedir que mais esse direito seja perdido”, comentou o servidor.

No período da tarde, a plenária novamente se dividiu em grupos de trabalho para discutir pautas do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos-administrativos. Cada Grupo debateu temáticas específicas, são elas: Grupo 1 (Ascensão Funcional, Racionalização, Dimensionamento e Avaliação de Desempenho), Grupo 2 – (Ascensão Funcional, Racionalização, Dimensionamento e Avaliação de desempenho II), Grupo 3 – (Aposentadoria e PCCTAE), Grupo 4 – (Distorções e Problemas do PCCTAE), Grupo 5 – (Programas do PDCI, Progressão por Capacitação, Incentivo à Qualificação / Técnico Substituto), Grupo 6 – (RSC para os TAEs), Grupo 7 – (Adequação da Organização da CIS nas Instituições Multicamp).

Finalizados os trabalhos nos Grupos, os participantes agora apresentam o material construído durante esses dois dias e que embasarão a Carta de Garopaba. O 9º FNCIS segue até domingo 26/08. A comitiva do SINASEFE Natal e os membros da CIS do IFRN seguem participando do encontro. Mais informações sobre o 9º FNCIS em breve no nosso site e redes sociais.

#SINASEFENatalnaLuta