O SINASEFE Seção Natal realizou na tarde desta quinta-feira (27/01), uma roda de conversa para discutir o retorno presencial das atividades no IFRN. O encontro aconteceu no formato remoto e reuniu servidores e servidoras de diversos campi do Instituto.

A coordenadora do SINASEFE Natal, professora Nadja Costa, iniciou a atividade apresentando um panorama dos últimos acontecimentos relacionados ao tema, informando sobre a solicitação do sindicato à Reitoria do IFRN, sobre a suspensão do retorno presencial que estava previsto o dia 24 de janeiro de 2022, e a decisão do Colégio de Dirigentes (Codir) em manter a fase 3, com a presencialidade de 75% dos servidores, a retomada de 100% das atividades presenciais no dia sete de fevereiro, bem como a transferência da responsabilidade de mudança de fases para cada Comitê Local.

Para o coordenador geral do SINASEFE Natal, professor Jorge Lima, a reunião é necessária, diante dos últimos acontecimentos. Ele informou que no Campus Ceará-Mirim, onde leciona, as atividades foram suspensas e foi retomado o formato remoto. Explicou que muitos servidores foram afastados com diagnóstico de Covid-19 e alguns setores precisaram ser fechados.

A professora Nadja Costa destacou que “desde o final de dezembro estamos vendo o avanço da pandemia, com os índices de descontrole e de transmissibilidade da variante Ômicron, junto com a influenza. E o sentimento que nós temos é que voltamos ao contexto de total descontrole da pandemia no país, no RN, e  o IFRN não está de fora. Os números e os relatos de servidores também apontam para isso”.

O diretor de Formação Política, professor Leonardo Guimarães, lembrou da discussão sobre as mudanças nos parâmetros das fases de retomada das atividades no IFRN, destacando que foi apontado que as taxas da pandemia vinham sinalizando para uma terceira onda e que era preciso recuar, mas as coisas avançaram no sentido de implementar a presencialidade até os 100%.

“É preciso exigir a retomada de índices concretos e não apenas sentir o clima e a opinião da sociedade para ver se avança ou se recua. Covid-19 tem que se trabalhar com índices, sanitaristas, infectologistas, servidores e alunos, e criar medidas viáveis para termos mais segurança e não acontecer o que vem acontecendo desde dezembro”, destacou Leonardo Guimarães.

Os participantes da roda de conversa relataram diversas questões que devem ser consideradas quando se trata da preservação da vida dos servidores, dos estudantes e da sociedade de um modo geral e a volta ao atendimento presencial no atual momento pandêmico. Destacaram pontos como: o aumento do número de casos de Covid-19 nas localidades de cada campus; o aumento do número de servidores infectados; a falta de condições estruturais; a subnotificação de casos no interior dos campi; grande contingente de servidores terceirizados contaminados e a fragilidade de suas condições de trabalho; a falta de conscientização das pessoas que transitam nos campi, em relação ao uso da máscara; turmas com estudantes contaminados; a fragilização da vida dos que estão sendo obrigados a trabalhar presencialmente, em especial, os técnico-administrativos; a falta de transparência nas comunicações internas dos campi e a atual falta de unidade nas decisões em relação à pandemia.

Na ocasião, também foi questionada a decisão da retomada das atividades 100% presenciais em sete de fevereiro ter sido feita pelo Codir, quando deveria ser uma decisão tomada pelo Conselho Superior do IFRN (Consup).

A presidente da Rede de Grêmios do IFRN (Regif), Karydja França, também participou da reunião e informou que “os gremistas de cada campus repassaram o sentimento de tristeza por parte dos demais estudantes, mas a grande maioria compreendeu a necessidade das medidas de restrição nesse momento”.

A atividade também contou com a participação de dirigentes da Seção Mossoró, que informaram que o IFRN Mossoró está retornando para a Fase 1 do planejamento e que o sindicato estaria realizando uma assembleia hoje para discutir a temática.

Como encaminhamentos dessa roda de conversa, ficaram definidos:

– Agendar uma reunião com o reitor do IFRN – Encontro já marcado para a próxima segunda-feira (31/01), às 15h, no formato remoto;

– Solicitar à Reitoria a suspensão geral das atividades presenciais no IFRN nos próximos 15 dias, com explícito acompanhamento e avaliação do momento sanitário e possível prorrogação de tempo;

– Repensar a instância democrática de tomadas de decisões de tamanha importância para o conjunto de servidores, estudantes e sociedade em geral. Queremos a valorização do Consup com a inerente capacidade de representar o conjunto da comunidade acadêmica;

– Para nossa segurança, faz-se necessário maior transparência em relação à pandemia – é preciso a divulgação da quantidade de casos de Covid-19 nos campi e que medidas de enfrentamento estão sendo tomadas;

– É necessário que se faça notificação às pessoas que não usam máscaras nos respectivos setores e exigir o uso do equipamento para quem transita nas unidades;

– Solicitar que o IFRN deve disponibilizar máscaras PFF2 para os alunos e servidores;

– Solicitar que o IFRN pense em formas de dar respostas para a sociedade – produzir mídias e falar com os veículos de comunicação, uma ação que deve ser prática do dia a dia da gestão.

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