Os Servidores Públicos Federais atenderam ao chamado das entidades classistas que organizam as categorias e protagonizaram, na manhã desta quarta-feira (22/07), uma das atividades mais marcantes da Campanha Salarial 2015: aCaravana do Funcionalismo Público a Brasília-DF foi um grande acerto e vitória do movimento, colocando quase sete mil trabalhadores e estudantes na Esplanada dos Ministérios e mostrando ao governo que a precarização e o “confisco” dos salários dos servidores não será tolerado!
 
Mesmo depois de diversos atos, passeatas e greves deflagradas, o governo insiste em ignorar as reivindicações dos SPF, que acumulam perdas ano após anos (com reajustes que sequer repõem a inflação) e sequer data-base possuem. Foi preciso, para estimular as greves em curso e forjar novas adesões ao paredismo, um ato como o de hoje: massivo, expressivo e com uma massa consciente quanto à não aceitação de reajuste parcelado em quatro anosproposta que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) apresentou em 25 de junho.
 
O pedido de reajuste linear de 27,3% que os servidores almejam e o governo trata como “absurdo” significaria aos cofres públicos apenas nove horas do que se paga de juros e amortizações da dívida pública – e ainda assim o governo se nega a dispensar nove horas do que paga em um ano aos banqueiros para atender trabalhadores!
 
É por isso que o ato de hoje, que tomou a principal via da capital do país, é importante: para hastear a bandeira da resistência e demonstrar que a Campanha Salarial está firme e forte, reafirmando cada um dos seus itens.
 
O ATO
A concentração para a marcha começou nas primeiras horas da manhã, por volta das sete horas, quando as primeiras delegações – que vieram de todas as regiões do país! – começaram a chegar em Brasília-DF.
 
Após um período de três horas de aglutinação, o grupo – que já somava milhares – partiu às ruas da Esplanada dos Ministérios, fechando três vias ao som de apitaços, matracaços e palavras de ordem contra o ajuste fiscal e os cortes de recursos aos serviços públicos.
 
Após percorrer toda a avenida, os mais de seis mil lutadores (segundo estimativa da Polícia Militar) chegaram à Praça dos Três Poderes, na qual o policiamento já protegia as portas e os acessos ao Palácio do Planalto.
 
Uma tentativa de audiência com o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, foi tentada, mas sem sucesso. Com a promessa de serem recebidos no período vespertino, os servidores dispersaram o ato e retornaram ao local de concentração, subindo a outra via da Esplanada dos Ministérios.
 
Via Sinasefe Nacional
 
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