A violência sobre famílias e em especial sobre o cadeirante João Maria Eduardo nos deixa indignados. O SINASEFE Seção Natal solidariza-se a todos, tratados de forma desumana por agentes da Prefeitura do Natal em ação de despejo no viaduto do Baldo.
João Maria Eduardo foi acordado na manhã desta quinta-feira (11/02), por um agente da Guarda Municipal que o puxou pela gola da camisa para fora do barraco de papelão que morava, na região do viaduto do Baldo, enquanto um fiscal da prefeitura jogava a sua cadeira de rodas em cima da caçamba de um caminhão usado no despejo das 30 famílias que ocupavam a área externa do viaduto do Baldo desde 2018.
Em agosto de 2020, a prefeitura conseguiu pela via judicial uma ordem de despejo para os sem-teto que moram na área, mas recuou após pressão e, desde então, passou a negociar uma alternativa para resolver a situação.
No mesmo horário do despejo, estava acontecendo uma reunião entre a Secretaria de Estado de Trabalho, Habitação e Ação Social (Sethas) e órgãos da prefeitura para tratar do assunto. No entanto, os participantes da reunião foram surpreendidos com a notícia do despejo. A ordem para despejar as famílias partiu da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas), que desde janeiro está sob o comando do delegado Adjuto Dias, filho do prefeito de Natal, Álvaro Dias.
O SINASEFE Natal repudia a atitude truculenta e desumana dos agentes municipais e, além de respeito, cobra da Prefeitura do Natal uma solução urgente para a falta de moradia dos sem-teto, não só os que vivem no viaduto do Baldo, mas de todos aqueles quem vivem em condições subumanas nas ruas da cidade. Vivemos atualmente uma pandemia de Covid-19 e não é aceitável que a prefeitura não dê condições de vida digna aos seus cidadãos.
Diretoria Executiva do SINASEFE Seção Natal
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