No dia 10 de janeiro de 2025, criminosos invadiram o assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), na cidade de Tremembé-SP. Os homens chegaram ao local em carros e motos atirando e causando a morte de três integrantes do movimento, um deles com vários tiros na cabeça.
Este ataque expõe a brutalidade covarde com a qual trabalhadores(as) vinculados(as) à luta pela reforma agrária e ao MST são tratados(as).
Numa conjuntura de ascensão da extrema-direita, a criminalização dos movimentos sociais tem sido pulsante, e este episódio busca intimidar e vitimizar aqueles(as) que lutam.
É fundamental que a sociedade não naturalize que trabalhadores(as) sejam assassinados(as), sobretudo em contextos sociais de lutas pelo acesso e pelo respeito ao direito à terra.
O SINASEFE reconhece e valoriza o papel do MST na luta por um modelo de sociedade mais justa e igualitária, por meio do esbulho de latifúndios e da promoção de uma reforma agrária, questionando as estruturas de poder, realizando o enfrentamento ao latifúndio, ao agronegócio e às grandes corporações empresariais, representantes dos projetos do capital e da extrema-direita no nosso país.
Dessa forma, o SINASEFE soma-se às instituições, entidades e organizações que repudiam e denunciam este crime, trazendo à luz a urgência de responsabilização e punição dos mandantes e executores, para que crimes como este nunca mais se repitam, sobretudo compreendendo a importância histórica do MST como movimento social que promove a resistência, o enfrentamento ao neoliberalismo e à concentração de riquezas.
A luta dos trabalhadores rurais materializa o projeto de uma sociedade mais justa e igualitária que defendemos, com a ocupação e a redistribuição das terras, a defesa da soberania alimentar e para que a promoção da reforma agrária e da justiça social sejam realidades concretas cotidianas e nosso país.
Brasília-DF, 16 de janeiro de 2025
Direção Nacional do SINASEFE
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Com informações do SINASEFE Nacional