A Campanha Fora Bolsonaro, composta por frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, e por entidades como a União Nacional dos Estudantes, convocou para 24 de julho uma nova manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro.
O protesto será uma reedição dos atos de 29 de maio e 19 de junho. No mais recente deles, os organizadores estimam que 750 mil pessoas foram às ruas em 427 manifestações espalhadas pelo País. Também foram registrados atos no exterior.
Entre as pautas que unificaram a mobilização, estão o impeachment de Bolsonaro, a intensificação da vacinação e a retomada do auxílio emergencial de 600 reais.
“Daqui até esse dia [24 de julho] devemos construir um processo de mobilização e ampliação para que os atos sejam ainda maiores. Teremos o ato de entrega do super pedido de impeachment em Brasília, plenárias nacionais, assembleias locais e dia de paralisação. É muita luta!”, escreveu nas redes sociais o presidente da UNE, Iago Montalvão.
O movimento tenta ampliar a pressão para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acolha um dos mais de 100 pedidos de impedimento contra Jair Bolsonaro.
Em entrevista publicada pelo jornal O Globo nesta terça-feira 22, porém, Lira afirmou que não há ‘circunstância’ para a abertura de um processo. “O impeachment é feito com circunstâncias, com uma política fiscal desorganizada, uma política econômica troncha. O impeachment é político”, disse.
O presidente da Câmara então foi questionado se as 500 mil mortes pela Covid-19 não seriam motivos suficientes para pautar o processo. “499 mil [mortes] seriam. 501 mil seriam. Uma seria. A questão é sobre se tem [circunstâncias]. Tem? Ou é uma parte que está pedindo? Vai resolver o quê? É o [vice-presidente Hamilton] Mourão que vai resolver? O que é que vamos fazer com o impeachment?”.
Com informações da Carta Capital