O 3º Encontro de Negras, Negros, Indígenas e Quilombolas (ENNIQ) do SINASEFE chegou ao seu terceiro dia nesta quinta-feira (27/11), realizando em sua programação duas mesas e uma avaliação do 2º ENNIQ, com intervalos para almoço e para o coffee break “sabores de resistência”.
O SINASEFE Seção Natal está representado no evento pelas servidoras Manaíra Lima e Cristina Tapuya.
Manhã: combate às mudanças climáticas
A primeira mesa, pela manhã, teve como tema “Povos tradicionais em combate às mudanças climáticas: A luta contra o marco temporal, titulação das terras quilombolas e territorialidades ciganas”, sendo mediada por Marcelo Teixeira (Seção Sindical CMR e Eampe-PE) e Laurenir Peniche (professora do IFPA), com três palestrantes: Ìyá Marli Ògún Méjire (técnica-administrativa do Colégio Pedro II), Raquel Tremembé (liderança indígena) e Said Tenório (vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina).
Veja abaixo os slides da palestra de Ìyá Marli:
Tarde: atravessamentos de classe, raça, gênero, etnia, sexualidade e deficiências
A segunda mesa, pela tarde, ocorreu após o intervalo do almoço e teve como tema “Atravessamentos de classe, raça, gênero, etnia, sexualidade e deficiências na Rede Federal e nas IFEs ligadas ao Ministério da Defesa”, sendo mediada por Solange Rodrigues (docente do IFMG) e Caetano Lima (docente do IFPB, com quatro palestrantes: Crystyna Tapuya Tayraryú (secretária de formação política e relações sindicais do SINASEFE), Marcelo Teixeira (Seção Sindical CMR e Eampe-PE), Evaldo Gonçalves (secretário de políticas étnico-raciais do SINASEFE) e Maria Socorro da Silva (professora do IFRN).
Veja abaixo os slides da palestra de Crystyna Tapuya:
Veja abaixo os slides da palestra de Socorro da Silva:
Noite: Vozes Coletivas
Por fim, após um intervalo para o coffee break “sabores de resistência”, tivemos um balanço do 2º ENNIQ e dos GTs do 2º ENNIQ, avaliando que os itens deliberados da Carta do 2º ENNIQ ainda precisam ser implementados como políticas efetivas do SINASEFE. O espaço foi mediado por Darci Emiliano (técnico-administrativo do IFRS), Sônia Regina Adão (Seção Sindical IFSC-SC), Kati Tupinambá (professora do IFMA) e Cristina Gomes (secretária-adjunta de políticas étnico-raciais do SINASEFE), tendo como debatedores: Sônia Lamego Lino (Seção Sindical Litoral-SC), Ìyá Marli Ògún Méjire (técnica-administrativa do Colégio Pedro II), Silvia Domingos (Seção Sindical IFSC-SC) e Áubio Aurélio da Rocha Ferreira (Seção Sindical Concórdia-SC).
3º ENNIQ
O 3º ENNIQ acontece entre os dias 25 e 29 de novembro, no campus Brasília-DF do IFB (localizado na 610 Norte), reunindo mais de 180 sindicalizados, de todas as cinco macrorregiões do país, e possuindo como temário “Corpo-Território, Vozes Coletivas na Luta por Reparação, Bem Viver e Contra o Marco Temporal”.
Conforme deliberado no 2º ENNIQ, somente pessoas racializadas, indígenas, quilombolas e ciganas sindicalizadas ao SINASEFE puderam se credenciar no evento.
Fotos
Veja as fotos do terceiro dia de atividades do 3º ENNIQ disponíveis em nossa galeria:
Manhã
Tarde
Noite
Sinasefinho
Programação dos próximos dias
4º dia – sexta-feira (28/11)
- 8 horas – Informes do 3º ENNIQ
- Com: Milena Silva (secretária de comunicação do SINASEFE) e Sônia Regina Adão (Seção Sindical IFSC-SC)
- 9 horas – Sinasefinho
- 9h30min – Grupos de Trabalho (GTs)
- GT 1 – Polinizando o Bem Viver: Diálogos entre os movimentos negro, indígena, quilombola e cigano contra a hegemonia
- GT 2 – Colocando a interseccionalidade no centro do debate: Gênero, Raça, Classe, Etnia, Deficiência
- GT 3 – Análise, Perspectivas e Propostas sobre Racismo Institucional, Educação Antirracista e o Marco Temporal nas Bases do SINASEFE
- 12 horas – Almoço
- 14 horas – Plenária Final (início)
- 17h30min – Momento sabores de resistência
- 18 horas – Plenária Final (continuação)
5º dia – sábado (29/11)
- 7 horas – Atividade Cultural – Visita ao Quilombo Mesquita
- Concentração: local a ser informado durante o 3º ENNIQ
- 9 horas – Chegada ao Quilombo Mesquita
- 9h30min – Abertura: Apresentação do grupo de dança cultural de catira
- 10 horas – Apresentação dos visitantes
- 11 horas – Passeio no Quilombo Mesquita
- Hortas de agricultura familiar, Igreja e apresentação do espaço
- 13 horas – Almoço
- Sucos e oficina de doce de marmelo feito na hora (tradição de 150 anos de resistência)
- 15 horas – Retorno
- Baixe aqui os cards com a programação completa do 3º ENNIQ, visível acima (arquivo em PDF);
- Baixe aqui o folder com a programação completa do 3º ENNIQ (arquivo em PDF, tamanho A4, duas páginas).
Programação do Sinasefinho
O Sinasefinho não funcionará no sábado (29/11).
- Baixe aqui a programação do Sinasefinho para o 3º ENNIQ visível acima (arquivo em PDF, tamanho A4 em orientação paisagem, quatro páginas)
Grupos de Trabalho – Ementas
GT 1 – Polinizando o Bem Viver: Diálogos entre os movimentos negro, indígena, quilombola e cigano contra a hegemonia
Este Grupo de Trabalho propõe-se a construir um espaço de intercâmbio crítico e colaborativo entre movimentos negro, indígena, quilombola e cigano, tomando o Bem Viver como horizonte ético, político e epistemológico. Busca-se debater práticas de resistência e reexistência frente às lógicas hegemônicas que historicamente produzem desigualdades, violências e apagamentos. Serão abordados temas como ancestralidade, territorialidade, autonomia, justiça social, epistemologias dos povos e comunidades tradicionais, ações afirmativas, políticas antirracistas, enfrentamentos à colonialidade e estratégias de cuidado comunitário. O GT incentiva a apresentação de experiências, pesquisas, metodologias e reflexões que contribuam para a construção de mundos plurais, sustentáveis e comprometidos com a dignidade, os direitos coletivos e a descolonização das relações sociais.
GT 2 – Colocando a interseccionalidade no centro do debate: Gênero, Raça, Classe, Etnia, Deficiência
Este Grupo de Trabalho tem como objetivo promover diálogos críticos que situem a interseccionalidade como categoria central para a compreensão das desigualdades sociais contemporâneas. A partir da articulação entre gênero, raça, classe, etnia e deficiência, o GT busca analisar como múltiplos sistemas de opressão se entrelaçam, produzem vulnerabilidades específicas e moldam experiências sociais diversas. Serão discutidas perspectivas teóricas, marcos legais, práticas institucionais e estratégias de enfrentamento às violências estruturais, bem como experiências e pesquisas que evidenciem resistências, políticas de cuidado, ações afirmativas e processos de inclusão. O GT acolhe trabalhos que contribuam para a construção de análises críticas, emancipadoras e comprometidas com a justiça social, a equidade e a transformação das relações sociais.
GT 3 – Análise, Perspectivas e Propostas sobre Racismo Institucional, Educação Antirracista e o Marco Temporal nas Bases do SINASEFE
Este Grupo de Trabalho dedica-se à discussão crítica sobre o racismo institucional e seus impactos nas políticas, práticas e relações nos espaços educacionais e sindicais, com especial atenção às bases que compõem o SINASEFE. Busca-se promover reflexões sobre os desafios e potencialidades da educação antirracista, compreendida como compromisso ético-político para a garantia de direitos, a promoção da equidade e a transformação das estruturas que perpetuam desigualdades raciais. O GT também aborda o debate sobre o marco temporal, suas implicações jurídicas, sociais e históricas para os povos indígenas e suas interfaces com as lutas por justiça racial e territorial. Serão acolhidos trabalhos que apresentem análises teóricas, relatos de experiência, pesquisas, estratégias de mobilização sindical e propostas de ação voltadas ao enfrentamento do racismo e à construção de práticas de educação inclusivas, plurais e comprometidas com a defesa dos direitos humanos e da diversidade étnico-racial.
- Baixe aqui as ementas dos GTs do 3º ENNIQ, visíveis acima (arquivo em PDF, tamanho A4, uma página).
Com informações do SINASEFE Nacional




