O Dia Nacional da Pessoa Surda, instituído pela Lei nº 11.796/2008, remete à fundação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), em 26 de setembro de 1857. A escolha da data não é meramente comemorativa: trata-se de um marco histórico da luta por direitos, reconhecimento e acessibilidade linguística e educacional no Brasil, e neste dia o SINASEFE reafirma o compromisso com a construção de uma sociedade anticapacitista, que reconheça a Libras como língua legítima e a diferença surda como potência, não como déficit.
O trabalho desenvolvido pelo Ines é referência fundamental na formação de educadores e na produção de conhecimento sobre educação bilíngue, traduzindo-se em conquistas que ecoam em toda a Rede Federal. Essa trajetória está na base da atuação política do SINASEFE, que defende o fortalecimento de políticas públicas de inclusão, a valorização da Libras em todos os espaços institucionais e a superação das barreiras que ainda limitam o acesso pleno de pessoas surdas à educação, ao trabalho e à vida social.
Mas o enfrentamento do capacitismo não se dá apenas em leis e instituições: é também prática cotidiana.
Para diminuir barreiras na comunicação com pessoas surdas, é fundamental:
- falar de forma clara, em velocidade normal, sem exageros ou alterações de tom de voz (a não ser que solicitado);
- utilizar bilhetes, quando necessário;
- dirigir-se sempre à pessoa surda, mesmo na presença de intérprete; e
- manter-se de frente, sem cobrir a boca, para possibilitar a leitura labial.
Pequenas atitudes são passos concretos na construção de relações mais inclusivas, respeitosas e verdadeiramente democráticas.
#SINASEFEnaLuta