O Comando Geral de Greve do IFRN se reuniu na última quinta-feira (08/12) com os trabalhadores terceirizados do IFRN Campus Natal-Central para falar sobre a motivação da greve no Instituto e conscientizá-los dos recentes ataques do atual governo à classe trabalhadora e à sociedade como um todo.

A diretora de Formação Política do SINASEFE Seção Natal, e membro do Comando de Greve, Aparecida Fernandes, iniciou o encontro falando de todo o contexto do processo de golpe que o país está vivendo, desde o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, finalizado em 31 de agosto de 2016, até os dias atuais com a implantação de propostas que têm como principal objetivo acabar com os direitos já adquiridos dos brasileiros, como a PEC 55 e a reforma da Previdência. “A nossa ideia de fazer essa conversa com os terceirizados é de informar e discutir, porque todos têm que saber o que esse governo está colocando para nós”, explicou Aparecida Fernandes.

Aparecida falou também sobre os meios de comunicação do país que apoiaram o golpe e que hoje se benefeciam e estão à serviço do governo. “É importante termos uma desconfiança das notícias que recebemos hoje em dia, pois esses meios de comunicação estão todos à serviço do atual governo. Precisamos conversar com nossas famílias e amigos sobre tudo isso e procurar outros meios alternativos para se informar”.

O professor do Núcleo Didático Pedagógico das Licenciaturas do IFRN, Pablo Spinelli, também participou da reunião e falou sobre a questão da greve no IFRN, deflagrada em 11 de novembro de 2016. “Estamos trabalhando nessa greve informando e educando as pessoas, pois nesse momento temos que nos revestir do papel de professor e dar educação para que todos fiquem alerta e saibam que quem está grevando está lutando por uma pauta comum que é a manutenção de nossos direitos”.

Durante a reunião, alguns trabalhadores também falaram o quanto suas vidas mudaram nos últimos anos e o quanto os últimos meses já afetaram suas vidas, citando a demissão de 24 colegas que trabalhavam no Campus Natal-Central.

“Não dá para se manter um estado de desigualdade tão grande que quem trabalhe mais receba menos e sofra mais com as consequências da falta de assistência e com o desemprego, que é o que vai acontecer caso essa PEC 55 seja aprovada”, finalizou Aparecida Fernandes.