O SINASEFE Natal, representado pelo diretor de Comunicação do SINASEFE Natal, Hugo Manso, acompanhado de servidores do IFRN, esteve na tarde de ontem, (21/05) de uma audiência pública na Câmara Municipal de Natal. O encontro teve como objetivo discutir os impactos dos cortes orçamentários impostos pelo governo federal as instituições federais de ensino.

Para o diretor de Comunicação do sindicato, Hugo Manso, é preciso lembrar a história do IFRN e também das universidades e sua importância para o estado e convidou os participantes da audiência a conhecer os campi do Instituto e a qualidade do ensino prestado nos IFs. Para o diretor, é preciso lembrar a função social das instituições, suas contribuições para a ciência e para a tecnologia e também para a economia dos municípios. “O IFRN conta hoje com 21 unidades espalhadas pelo nosso estado, os recursos cortados dos IFs são recursos que são cortados também desses municípios, são recursos cortados, das vendinhas, pousadas e pequenos restaurantes que surgiram nas cidades do interior após a chegada dos IFs”, comentou o professor.
Segundo o pró-reitor de Administração do IFRN, Juscelino Cardoso, os cortes vão atingir os institutos federais de maneira brutal. “Se o governo não reconsiderar sua posição nossa instituição não terá condições de honrar os compromissos contratuais que já assumimos. Atualmente nós temos mais de 700 servidores terceirizados que serão os primeiros trabalhadores atingidos pelo corte no nosso orçamento, isso provocará o sucateamento da nossa instituição e consequentemente a diminuição da nossa qualidade”, comentou Juscelino.
 
A pró-reitora de Assuntos Administrativos da UFRN, Maria do Carmo Araújo, lembrou que vivemos uma situação diferente dos contingenciamentos ocorridos em períodos anteriores. De acordo com a gestora, os recursos das instituições federais foram bloqueados e não constam mais nas contas das universidades e institutos. “O bloqueio de R$ 48 milhões no orçamento da UFRN impedirá que a universidade chegue até o final do ano com a capilaridade que ela tem hoje no nosso estado, obras serão paralisadas, haverá demissões, projetos de pesquisa e extensão podem ter sua continuidade interrompida, nossos contratos podem não ser honrados ou descontinuados”, explicou a pró-reitora.
Na sua fala, o servidor do campus do IFRN Cidade Alta, Shilton Roque, lembrou que a sociedade precisa procurar se informar sobre os dados reais do orçamento da educação pública e sobre o trabalho desenvolvido nas instituições de ensino. “Nas nossas instituições existe debate, existe pesquisa e estamos a todo momento fazendo aulas públicas para esclarecer a população sobre o que são as universidades e institutos federais, para que a sociedade não caia nessas correntes de desinformação e sim que a gente combate esse amplo projeto de desmonte da nossa educação”, disse o servidor.
A audiência pública foi uma proposição do Vereador Raniere Barbosa (AVANTE) e foi subscrita pelos vereadores, Divaneide Basílio (PT), Maurício Gurgel (Psol), Franklin Capistrano(PSB) e Fernando Lucena (PT).