Os servidores do IFRN aprovaram em Assembleia Geral o Acordo de Greve referente ao movimento paredista nacional deflagrado pela categoria no dia 11 de novembro e suspenso no dia 20 de dezembro de 2016. O acordo também tratou das paralisações das atividades realizadas nos dias 22 e 29 de setembro e 24 e 25 de outubro. Além da discussão do Acordo, foram apresentadas durante o encontro as normas eleitorais para a Eleição da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal do SINASEFE Seção Natal referente ao Biênio 2017/2019.

A proposta de Acordo foi construída pelo SINASEFE Seção Natal, o Comando de Greve e a Gestão do Instituto e já havia sido apresentada à categoria e aprovada em assembleia anterior, mas após envio ao Codir, algumas alterações foram sugeridas e a proposta precisou novamente passar pela avaliação dos servidores. De acordo com a coordenadora Socorro Silva, a construção do Acordo de Greve foi bastante tensa, mas prevaleceu o bom senso entre as partes, de forma que no final foi possível chegar a um termo que não prejudicasse a reposição dos dias paralisados, tanto para os docentes como para os técnicos.

Os principais pontos do Acordo se referiam ao calendário acadêmico pós-greve e a carga horária dos servidores técnico-administrativos. O calendário será discutido coletivamente, levando em consideração o calendário de referência, mas lembrando sempre das peculiaridades de cada Campus para que a reposição ocorra da melhor forma possível.

Sobre a reposição da carga horária dos técnicos administrativos, ficou acordado que ela poderá ser reposta em até um ano, prorrogável por seis meses, e que não poderá ultrapassar 2 horas em relação à sua jornada de trabalho diária normal. O acordo também permite aos técnicos repor carga horária durante os sábados letivos ou não letivos. O acordo diz que há a possibilidade de compensação aos sábados conforme interesse da administração e do servidor que ache a possibilidade viável.

A mesa da Assembleia foi coordenada pela Dirigente do SINASEFE Seção Natal Socorro Silva, acompanhada da diretora de Comunicação Alian Paiva de Arruda. Socorro Silva iniciou o encontro desejando boas-vindas aos servidores e convidando-os a participar de mais um ano de luta. “O ano de 2017 será um ano de fortes ataques a classe trabalhadora, mesmo com a aprovação da PEC 55, os ataques do governo Temer contra os serviços públicos, em especial os da educação, ainda não pararam, a reforma do Ensino Médio, a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista estão postas para retirar nossos direitos, atacando a democracia e a nossa soberania. Esperamos que a Reitoria, junto com outros diretores, possam reconhecer que essa luta não é uma luta pessoal, mas da categoria da qual eles também fazem parte”, comentou a educadora.

No primeiro momento a coordenadora passou para a categoria alguns informes. Entre eles, a realização de um seminário em defesa da previdência, que acontecerá no próximo dia 30/01, os encaminhamentos da última Plena Nacional realizada nos dias 17 e 18 de dezembro e informou ainda sobre as reuniões dos GTs que devem acontecer nos dias 16 e 17 de fevereiro. A coordenadora falou ainda sobre a reunião no Colégio dos Dirigentes – CODIR realizada no último dia 20/01.

Após os informes, o Acordo de Greve foi lido ponto a ponto, discutido e aprovado ao final da explanação por unanimidade, contando apenas com duas pequenas alterações de redação, já encaminhadas para a reitoria. Em seguida o servidor Jarley Fagner Silva do Nascimento deu continuidade à Assembleia com a apresentação das Normas Eleitorais, que também foram lidas ponto a ponto e aprovadas com algumas ressalvas na redação. Ao final da Assembleia, a mesa trouxe como encaminhamento a data do próximo encontro, marcado já para o dia 04 de fevereiro e reiterou o convite feito no início para que a categoria permaneça mobilizada e participe dos eventos já previstos no calendário das entidades, em luta, contra as reformas do governo Temer.