O reitor do IFRN, professor José Arnóbio de Araújo Filho, nomeou na terça-feira (21/12), os diretores e as diretoras-gerais dos campi do Instituto para gestão 2020-2024. A medida foi uma das primeiras tomadas após a posse do novo gestor. Os diretores e as diretoras-gerais dos campi empossados foram eleitos pela comunidade acadêmica em dezembro de 2019, mas em virtude da intervenção, a nomeação dos gestores foi realizada somente de maneira pro tempore.

Também na terça-feira, o reitor eleito, após reunião com integrantes da UFERSA, reverteu a decisão da gestão interventora de destinar R$ 1.000.000,00 (Um milhão de reais) do orçamento do IFRN para a Universidade. O recurso que seria destinado à capacitação de servidores, volta para o IFRN e terá a mesma finalidade, mas seguirá um processo mais transparente e discutido previamente com a comunidade.

Segundo o reitor, a transição de gestão não contou com a participação da equipe do interventor e faltam informações sobre as atividades executadas e em desenvolvimento nas cinco pró-reitorias do IFRN.

De acordo com José Arnóbio, a Pró-Reitoria de Ensino foi negligenciada durante boa parte do período de intervenção. “Após levantamento de dados, viabilizado junto ao Pró-Reitor de Ensino, percebemos que vamos ter muitas dificuldades com esse ‘carro-chefe’ da instituição”, comentou o reitor durante entrevista para o Portal Agora RN.

A coordenadora do SINASEFE Natal, Nadja Costa, comentou que finalmente é possível perceber que Instituto Federal caminha. “Apesar das dificuldades, que certamente o reitor encontrará, a retomada da normalidade na Instituição permitirá que os problemas comecem a ser sanados. O sindicato e toda comunidade acadêmica lutou bravamente durante esses oito meses para que a retomada da democracia no IFRN fosse possível, é hora de colhermos os frutos dessa luta”, comentou a coordenadora.

Durante esse período de intervenção, a Diretoria Executiva da Seção foi incansável, na defesa da democracia e espera que agora o IFRN possa viver um período mais tranquilo institucionalmente. A Seção continuará defendendo os servidores e a autonomia do IFRN. “Essa é nossa bandeira permanente’’, pontou Nadja Costa.