O último dia da “Semana em Comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latina-Americana e Caribenha” contou com diversas atividades no pátio do Campus Natal-Central do IFRN. Pela manhã, em uma Roda de Conversa que contou com a presença das Mulheres de Acauã, comunidade Quilombola localizada na região de Poço Branco/RN, foi realizada uma discussão sobre o que é o Feminismo Negro e sobre a luta da mulher negra para ter suas pautas reconhecidas e apoiadas dentro do movimento feminista.

Logo depois, foi apresentada a intervenção intitulada “Meu Empoderamento de Incomoda?”, que trata das diversas barreiras e críticas pelas quais as mulheres negras passam ao lutarem por sua reafirmação estética, social, étnica e intelectual.

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A programação seguiu durante a tarde, com a performance “Istmos”, de Silvinha Alves; feirinha; bazar; Sarau das Pretas; Varal “Versos Negros”; oficina de turbante com Silvinha Alves e atrações musicais com a acordeonista Carol Benigno e Anny Caroline e “Elas Cantam Elas”; além da Roda de Conversa “A Resistência da Mulher Negra nos Espaços Acadêmicos, Sociais e Instituicionais”, com debates e depoimentos sobre racismo e preconceito, o lugar dos negros na sociedade, as barreiras enfrentadas pelas mulheres negras, a resistência e o empoderamento da mulher negra e histórias de superação.

A “Semana em Comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latina-Americana e Caribenha” contou com a participação de mulheres de várias entidades, estudantes, profissionais da educação, mulheres da Comunidade Quilombola do Acauã, de Poço Branco, e da Comunidade do Arrojado, de Mossoró.

Para a coordenadora de Mulheres do Grêmio Djalma Maranhão, “as rodas de conversas e os espaços construídos no evento foram muito produtivos e bem aproveitados. Construir esse espaço de debate dentro do IFRN é muito importante para nós”.

Ao final do evento, Socorro Silva, coordenadora do SINASEFE Natal, faz um balanço positivo do evento e falou sobre a importância de trazer o tema para discussão no IFRN. “A discussão aqui no IFRN é um marco importante porque é uma temática que não é trabalhada, e isso ganha um significado especial para nós que temos a clareza da necessidade de termos esse debate permanente”.

“As mulheres presentes na Semana reforçaram a luta em defesa das bandeiras das mulheres negras, a necessidade de reafirmar o movimento feminista negro e de dar visibilidade às políticas que são necessárias para o empoderamento das mulheres. Tanto o SINASEFE Natal, como o Negêdi, o Grêmio Djalma Maranhão e o Coletivo Miga se reafirmam e mostram sua capacidade de organização e intervenção em um espaço que é tão masculinizado”, concluiu Socorro Silva.

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