Protestar pela retomada da democracia, pela liberdade do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e denunciar a volta da fome na população brasileira. Essa é a bandeira de luta do grupo formado por sete pessoas que fazem greve de fome há 10 dias em Brasília-DF.

O grupo é formado por sete pessoas (Frei Sérgio Gorgen, Jaime Amorim, Leonardo Soares, Luiz Gonzaga (Gegê), Rafaela Alves, Vilmar Pacífico e Zonália Santos). Todas ligadas a movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST, o Movimento dos Pequenos Agricultores, a Central dos Movimentos Populares e o Levante Popular da Juventude.

Um dos membros do grupo, o Gegê, fez um chamado para todos se unirem à luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora e convidou a todos para participar das mobilizações do dia 10 de agosto. Veja o vídeo:

 

Nessa terça-feira (07/08), o grupo protocolou o pedido de uma audiência com os ministros do Supremo Tribunal Federal-STF. Eles solicitam o julgamento das ações que podem mudar o entendimento atual do STF sobre a prisão de Lula após condenação em segunda instância, o que beneficiaria o ex-presidente, preso desde abril após ser condenado na Operação Lava Jato. Até o momento, não foi obtido nenhum retorno por parte do Supremo.

O coordenador do MST e membro da equipe de apoio, José Valmir Misnerovicz, explica que o movimento dos grevistas acredita que a partir da greve de fome, do conjunto das ações que estão sendo construídas e das forças populares, seja possível alterar a correlação de forças para que sejam revertidos os processos de perda de direitos e de perseguições que os movimentos estão sofrendo. Confira o vídeo:

 

Em ato de solidariedade, membros do SINASEFE Seção Natal visitaram o grupo no final da tarde dessa quarta-feira (08/08), prestaram todo apoio e parabenizaram os manifestante pela força e coragem, ressaltando que o grupo simboliza a resistência e dá ânimo para a militância continuar na luta em defesa dos direitos e da democracia.

Nesse sentido, consideramos, portanto, a justa rebeldia e a insubmissa coragem dos militantes em greve de fome como um chamamento político à luta e à “esperAÇÃO” de que um novo tempo é possível, o que nos leva a crer, em conjunto com Paulo Freire, que “nossa luta de hoje não significa que necessariamente conquistaremos mudanças, mas sem que haja essa luta, hoje, talvez as gerações futuras tenham de lutar muito mais. A história não termina em nós: ela segue adiante”.