Nas mesas direcionadas à Carreira Docente, foram discutidos temas como a Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), a Carreira EBTT e sua reestruturação.

Para falar sobre a CPPD, foram convidadas a representante da Comissão Nacional Docente-CND, Narà de Fátima Quadros da Silveira, e Rafaela Bezerra, professora do Campus Nova Cruz e representante da Comissão Permanente de Progressão Docente-CPPD do IFRN. Narà iniciou sua apresentação explicando o que é a Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), que tem como objetivo prestar assessoramento ao colegiado competente ou dirigente máximo na instituição de ensino, para a formulação e acompanhamento da execução da política de pessoal docente. Ela falou sobre as competências da CPPD e da necessidade de garantir uma estrutura de funcionamento das Comissões nos Institutos Federais para se organizar e tentar minimamente cumprir com o que está estabelecido em lei.

A professora Rafaela Bezerra explicou como funciona a CPPD no IFRN, que é composta de cinco membros titulares e dois suplentes com mandato de dois anos. Ela explicou que no IFRN ainda existe muita deficiência para o funcionamento da CPPD, mas que os membros da Comissão começaram a buscar a participação dos servidores com a criação da CPPD Itinerante, quando vão aos Campi conversar com os docentes e apresentar as ações desenvolvidas pelo grupo. A professora avalia que a CPPD precisa desenvolver mais ações do que aquelas previstas em lei e informou que já existe uma proposta de revisão do Regimento Interno da CPPD para que seja ampliada algumas competências da Comissão.

No segundo dia de Seminário, os docentes puderam participar de mesas para discutir a Carreira EBTT e sua reestruturação. Em sua explanação, a professora Narà Quadros falou como está a Carreira EBTT hoje e disse que a Carreira Docente vem sendo descaracterizada, que as duas últimas décadas foram marcadas pela desestruturação da Carreira Docente e que “apesar do esforço e da clareza que o movimento docente tem demonstrado, sofremos grandes derrotas”.

Narà apresentou um resumo do Projeto de Carreira que a categoria deve buscar, com isonomia salarial – uma linha no contracheque obtida pela intersecção de três planos: nível na carreira, titulação e regime de trabalho; desenvolvimento na carreira que valorize de forma equilibrada a experiência acadêmica e a titulação; e atribuições próprias do cargo pertinente a indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão, capacitação e administração;

A professora falou também sobre a importância da realização do Seminário. “Essa iniciativa do SINASEFE Natal de discutir a carreira é fundamental para a categoria, pois discutir a carreira é melhorar a qualidade do ensino, se você quer uma educação de qualidade tem que valorizar o profissional. É a questão de se buscar a identidade do professor, pois o professor hoje não é mais professor, ele foi no decorrer desses anos perdendo sua identidade e se transformou num tarefeiro, ele cumpre tarefa”, concluiu Narà Quadros.

Outro convidado para falar sobre a carreira EBTT e sua reestruturação foi o professor da Escola Agrícola de Jundiaí/UFRN e diretor de Assuntos EBBT da ADURN, Harin Revoredo Macêdo. Em sua apresentação, o educador fez uma explanação da visão geral da carreira docente no âmbito da Rede Federal de Ensino, falou sobre as leis relacionadas a Carreira Docente e apresentou como estão hoje a tabela de correlação dos cargos da carreira e a variação percentual das remunerações.

O professor também falou sobre algumas garantias que foram perdidas e a necessidade de continuar na luta para reavê-las. “Temos ainda algumas distorções em relação a carreira, como garantias que nós tínhamos mantida pela Portaria 475/87 e que hoje não temos mais, então é fundamental nós conseguirmos voltar a esse momento da lei anterior”, explicou o professor Harin Macêdo.