O SINASEFE Seção Natal realizou na tarde da última segunda-feira (22/06), mais uma reunião ampliada remota com os servidores do IFRN. Na pauta, a discussão sobre avaliação e planejamento das estratégias contra a intervenção e a recomposição do Grupo de Trabalho de Educação da Seção.

O encontro foi iniciado com a discussão sobre o retorno às aulas, que não estava na pauta da reunião, mas que entrou em debate por se tratar de um assunto importante e que está em análise pela gestão do IFRN.

O servidor da Campus Cidade Alta, Shilton Roque, falou que está entrando em contato com outras seções sindicais para discutir sobre a retomada das atividades e também sobre a intervenção no IFRN. Segundo o servidor, os trabalhadores de outros institutos têm relatado que a retomada das aulas a distância sem planejamento, resultará em precariedade na oferta e adoecimento dos trabalhadores.

A professora Marta Medeiros, do Campus Mossoró, trouxe para reunião sua preocupação com a pressão e o aumento de discussões para a retomada das aulas. A educadora lembrou que é preciso considerar que mesmo que as aulas voltassem em um sistema a distância ou de forma híbrida, estudantes e professores sentiriam muitas dificuldades. A educadora lembrou que planejar e pensar uma forma de aula leva muito tempo e que é preciso lembrar que muitas disciplinas não são possíveis de serem aplicadas a distância. Para Marta, “é preciso esquecer a necessidade da produtividade e lembrar que a prioridade de hoje é se manter vivo”.

A coordenadora geral do SINASEFE Natal, Professora Nadja Costa, falou que é importante que o sindicato e a categoria tenha uma posição amadurecida e fundamentada sobre o retorno às aulas. “Precisamos ver todas as questões que envolvem o retorno às aulas, além de todos os cuidados que estamos tendo nesse contexto de pandemia, ainda temos que avaliar o contexto individual de cada um, sempre defendendo o bem-estar dos profissionais e dos alunos. São muitas questões e precisamos estar atentos a todas elas”.

O Professor José Mateus, do Campus Natal-Central, lembrou que “aulas remotas exigem muito planejamento, não é so gravar as aulas e transmitir. É preciso um planejamento integrado e tem que dar condições aos alunos que não possuem possibilidade de acompanhar essa modalidade. Não podemos voltar de qualquer jeito”.

De acordo com a coordenadora geral, Emanueely Bezerra, há dois aspectos que precisam ser discutidos: a precariedade do trabalho remoto sem preparação e as questões pedagógicas. Para ela, o GT de Educação do SINASEFE Natal precisa encampar essa discussão crítica do retorno às aulas.

O Professor Francisco Carlos, do Campus Natal-Central, “a defesa de voltar às aulas é absurda, diante da imensa complexidade do contexto que estamos vivenciando, com crises política, internacional e a questão sanitária. Reforço a necessidade de discutir e nos apropriar das discussões e leituras fundamentadas, ver as diferentes perpectivas que estão postas”.

Nadja falou sobre as atividades contra a intervenção, informando sobre os trabalhos das comissões formadas pelos servidores e estudantes. Iniciou passando os informes do servidor Shilton Roque, da Comissão
mobilização para puxar uma greve, que falou sobre as atividades dos servidores do Campus Cidade Alta, que têm realizado reuniões conjuntas com os estudantes para debater a greve.

Em relação à Comissão de acompanhamento e divulgação da má gestão/ataque dos interventores, Nadja informou que denúncias contra os desmandos da gestão interventora têm sido feitas, mas que não há um registro dessas ações e nem acompanhamento.

A Comissão de atividades de impacto segue com as mobilizações da Vigília pela Democracia, mas Nadja destacou que o plantão está fragilizado por causa da situação de pandemia.

Sobre a Comissão campanha de sindicalização, politização e diálogos com movimentos sociais progressistas, a Professora Emanuelly informou que está mantendo contato com outros institutos e colegas para discutir sobre a intervenção e sobre aulas remotas, mas ainda não foi feito nada efetivamente sobre a campanha de sindicalização.

Nadja Costa falou sobre o receio de que as coisas sobre a intervenção caiam na normalidade. Ela destacou que a criação das comissão foi para justamente que isso não aconteça e lembrou que os servidores e alunos do IFRN podem participar dos grupos para fortalecer a luta.

Como encaminhamentos da reunião, ficaram definidos:

– Fazer um seminário online sobre a temática do retorno às aulas;
– Fazer contatos com os membros do atual GT Educação para confirmar permanência;
– Emitir portaria com novos membros do GT Educação;

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