Dando continuidade à série de ataques ao estado de bem-estar social e aos trabalhadores do país, o governo Bolsonaro se prepara para votar o texto da reforma da Previdência. A votação está programada para ocorrer em dois turnos ainda nesta semana e precisa de, pelo menos, 308 votos favoráveis para ser aprovada.

A proposta do ministro Paulo Guedes e carro chefe do governo reacionário de Bolsonaro estava em tramitação no congresso desde fevereiro, após análise das comissões, servidores de estados e municípios foram retirados das novas regras de aposentadoria, mas os servidores federais foram mantidos e serão junto com os trabalhadores celetistas os maiores prejudicados pela PEC da Previdência.

Entre as maiores investidas contra os direitos da classe trabalhadora estão: aumento da idade mínima para homens e mulheres, redução dos valores das pensões para dependentes, que irá cair em até 60%, inserção de alíquotas progressivas de contribuição previdenciária, no caso do INSS, a nova regra prevê alíquotas que variam de 7,5% a 14%, mas para os servidores públicos, a alíquota pode chegar a 22% nos salários mais altos, além de permitir cobrança de contribuições excepcionais dos servidores públicos em casos de déficits do regime próprio.

Após embate intenso nas comissões, a idade mínima para as professoras foi reduzida para 57 anos, mais foi mantido a proposta inicial de idade mínima de 60 anos para os educadores homens.

Durante todo esse período em que o projeto de reforma da Previdência tramitou, o povo esteve nas ruas demonstrando sua indignação e contrariedade com a proposta. O SINASEFE Natal foi uma das entidades que convocou seus sindicalizados e mobilizou a comunidade escolar do IFRN contra a reforma da Previdência, realizamos palestras, seminários, visitamos os campi, mobilizamos para atos de rua e orientamos a categoria a se manter firmes contra a retirada de direitos.

Apesar da luta aguerrida dos movimentos sociais, movimento sindical e da mobilização popular contra esse projeto nefasto, o governo federal segue irredutível e sem indicar disposição para negociar com os trabalhadores, ou apresentar alternativas a essa reforma que condena milhares de pessoas a condição de inaposentáveis.

Diante desse cenário, o SINASEFE Natal mantém-se severamente contrário a essa projeto, que só retira direitos conquistados, precariza as condições de trabalho e impede que a classe trabalhadora se aposente dignamente após uma vida dedicada a produzir bens e riquezas. Além disso, fazemos um apelo aos parlamentares do RN a rejeitarem essa contra- reforma do governo Bolsonaro, que não representa os anseios da população do nosso estado e do nosso país, e para que defendam a Previdência Social e os direitos do trabalhadores, em especial os da educação pública que prestam um serviço de extrema importância social, mesmo diante dos cenários mais adversos.

Em Brasília, diversas entidades estão realizando atividades diárias contra a aprovação da reforma e se preparam para participarem de uma manifestação na capital federal na sexta-feira (12/07). O SINASEFE Natal será representado no ato pela sua coordenadora geral, Emanuelly Bezerra e pelo servidor do Campus Natal-Central, Tonny Martinho.