O SINASEFE Natal realizou na última segunda-feira (11/05), mais uma Assembleia Geral Remota para discutir estratégias contra a intervenção no IFRN. O encontro aconteceu de forma remota e foi transmitida no canal do Youtube do sindicato.

A Assembleia foi iniciada com a coordenadora geral do SINASEFE Natal, Nadja Costa, falando sobre os retrocessos no processo judicial contra a intervenção no IFRN e fazendo um resumo das ações do sindicato desde o dia 20 de abril, quando o interventor foi nomeado pelo Ministério da Educação.

O diretor de Comunicação, Hugo Manso, informou que existem frentes bastante definidas nessa luta, com as ações jurídicas, os movimentos para acelerar o processo de sindicância e a frente política, que se dá em diversos aspectos, com ações de comunicação com outdoor e nas redes sociais e o plantão democrático na Reitoria.

Hugo Manso também reforçou que nesse momento é importante o fortalecimento do sindicato, com a filiação e participação nas ações da Seção.

O assessor jurídico do SINASEFE Natal, Carlos Alberto Marques Júnior, informou sobre o processo jurídico que tramita na justiça, fazendo um resumo do que aconteceu e destacou que em parceria com os demais escritórios das ações populares, está articulando a medida mais rápida que permita tentar reverter a decisão do TRF5 e com isso o Professor Arnóbio assuma e mantenha a vontade da comunidade acadêmica.

Sobre o indicativo de greve, o advogado explicou sobre as últimas decisões do Supremo Tribunal Federal, que limitou o direito de greve do servidor público.

A coordenadora Emanuelly Bezerra, lembrou que vivemos sob égide de um governo genocida e fascista que tem operado os interesses da burguesia e age no sentido de desorganizar a classe trabalhadora e ressaltou a importância de manter a discussão sobre as estratégias de luta entre os servidores e da necessidade de uma participação mais efetiva da categoria nas assembleias do sindicato.

O reitor eleito democraticamente, Professor José Arnóbio, foi convidado para participar da Assembleia e em sua apresentação falou sobre a importância do movimento não perder o fôlego, de construir estratégias de luta mais amplas e que é preciso compreender que estamos vivendo em um governo antidemocrático, que não tem nenhum respeito pelas instituições.

A Assembleia foi aberta para a participação dos servidores, que se inscreveram e se posicionaram sobre o momento. O professor Dante Moura, do Campus Natal-Central, falou que não faltam motivos para a greve, mas devemos ponderar se o instrumento da greve é o adequando para o momento e alertou sobre a gravidade do que acontece no país, que todas as ações do governo são articuladas, e as intervenções nos Institutos Federais fazem parte de um pacote mais amplo, na direção de um regime de exceção, como a implementação de uma ditadura.

A Professora Aparecida Fernandes, do Campus Parnamirim, falou sobre as mobilizações e cobrou que a categoria precisa estar mais presente nas ações pelo fim da intervenção no IFRN.

O técnico-administrativo do Campus Cidade Alta, Shilton Roque, destacou que “discutir a greve é importante, precisamos reagir e não ficar na defensiva”. Já o servidor técnico-administrativo do Campus Natal-Central, Marinaldo Silva, falou que em função desse momento crítico que vivemos, em meio a uma pandemia, é difícil fazer uma greve, mas precisamos continuar na mobilização e fortalecer as ações que já estão em andamento.

Direto do plantão pela democracia na Reitoria, a assistente social do Campus Natal-Central, Danilma Medeiros, falou que “uma das armas que os servidores tem hoje para dizer que não trabalha com golpista e a greve”, e também reforçou a importância de fortalecer a mobilização contra a intervenção.

Já Oziel Pontes, professor de Geografia do Campus Natal-Central, enfatizou que é um momento difícil para quem defende a educação pública, que a greve é um instrumento necessário, mas que temos que saber o momento propício para utilizá-la.

O Professor Hugo Manso lembrou que “vivemos uma situação única com essa pandemia e temos que ter muita atenção nas nossas ações. Precisamos de muita unidade e ouvir ao máximo a comunidade acadêmica”.

O coordenador do SINASEFE, Francisco Dias, destacou que existe duas situações que estão em discussão para barrar a intervenção no IFRN, através da justiça ou de uma greve, e nenhuma das duas devem ser desconsideradas.

No final da Assembleia, o assessor jurídico do sindicato informou que o agravo de instrumento contra a decisão que cassou a liminar que determinava a nomeação do Professor José Arnóbio foi construído pelos três escritórios das ações iniciais e foi protocolado no TRF5 nesta segunda-feira.

Confira todos os encaminhamentos da Assembleia:

– Fortalecer a luta conjunta com entidades que também passam por intervenção;
– Maior e melhor artculação com a Seção Mossoró;
– Defesa pela manutenção do Plantão pela Democracia;
– Participar das lives sobre o tema da intervenção;
– Solicitar o apoio das entidades de classe e instituições federais e estaduais na luta contra a intervenção;
– Manutenção e fortalecimento do movimento estudantil;
– Intensificar a participação nas redes sociais;
– Participação massiva no grupo de apoio ao reitor eleito;
– Maior articulação com a Direção Nacional do SINASEFE;
– Amadurecer em cada Campus os pontos sobre a greve e as estratégias contra a intervenção;
– Fazer uma reunião ampliada com a Seção Mossoró.