“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião”

Com este chamamento, queremos homenagear a luta e a resistência do povo negro neste dia, pela sua determinação, coragem em ousadia nestes mais de 500 anos de luta por dignidade e respeito.

Importante destacar e reconhecer a luta de lideranças como Martin Luter King, Zumbi dos Palmares, Dandara, Mandela, Luiza Mahin, Ganga Zumba e tantos outros e outras que lutaram por liberdade, direitos, igualdade e justiça, que sempre lutaram contra o preconceito racial e todas as formas de opressão.

O que comemoramos em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra? Esta data celebra a morte de Zumbi dos Palmares em 1695, líder libertador do povo palmares do estado de Alagoas. Em reconhecimento a esta causa e como forma de manter vivo este ideal de luta, o Movimento Negro Unificado, em 1979, apresentou a proposição e aprovado por todo Movimento Negro brasileiro, entretanto, a inspiração de comemorar o “20 de novembro” ao invés de “13 de maio”, data da abolição, é devida ao militante do MN e poeta gaúcho Oliveira Silveira, nos anos 70.

Apesar de muitas conquistas no campo democrático, no campo político e social, como as políticas de cotas, a Lei 10.639/2003, que insere a temática racial e as Diretrizes curriculares para a educação étnico racial nas escolas. Ainda há muito a ser conquistado em prol desta luta. O racismo no Brasil – ainda que tipificado como crime – existe, e negá-lo, por si só, já é uma atitude racista, pois negá-lo é torná-lo natural. E não devemos aceitar a naturalização de um comportamento que hierarquiza as pessoas pela cor de sua pele.

Como afirmou em sua carta a Marcha das Mulheres Negras, “Estejamos todos, homens e mulheres negras, irmanados nesta caminhada pela liberdade e pela consciência da riqueza da diversidade racial. Por tudo isso, nós Mulheres Negras estamos em Marcha para exigir o fim do racismo e da violência que se manifestam no genocídio dos jovens negros; na saúde, onde a mortalidade materna entre mulheres negras está relacionada à dificuldade do acesso a esses serviços, à baixa qualidade do atendimento aliada à falta de ações e de capacitação de profissionais de saúde voltadas especificamente para os riscos que as mulheres negras estão expostas; da segurança pública cujos operadores e operadoras decidem quem deve viver e quem deve morrer mediante a omissão do Estado e da sociedade para com as nossas vidas negras”. (Trecho da carta das mulheres Negras 2015)

O SINASEFE NATAL reforça neste dia esta luta e reafirma como importante e significativo o Dia Nacional da Consciência Negra. Manifestamos nosso apoio à luta do povo negro por igualdade, respeito e cidadania. Que nesta data, possamos comemorar com alegria, firmeza, ousadia e muito brilho nos olhos, irmanados na conquista por mais direitos e luta por igualdade por todos nós, homens e mulheres, independentemente da cor, raça, credo e orientação sexual.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa
pela cor de sua pele,
ou por sua origem,
ou sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender,
e se elas aprendem a odiar,
podem ser ensinadas a amar,
pois o amor chega mais naturalmente
ao coração humano do que o seu oposto.
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta,
jamais extinta”.

Nelson Mandela

DIRETORIA DO SINASEFE SEÇÃO SINDICAL NATAL