O GT de Identidade de Gênero e Orientação Sexual, Raça, Etnia e Trabalho Infantil do SINASEFE Natal vem reforçar à categoria a importância da data de hoje: a cada ano, no dia 17 de maio, o mundo comemora o Dia Internacional Contra a Homofobia, Lesbofobia e Transfobia. Nessa data, em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças. Desde então, este dia se tornou símbolo da luta por direitos humanos, pela diversidade sexual e contra a violência e o preconceito. No Brasil, a data faz parte do nosso calendário oficial desde 2010.
Dentre as principais bandeiras levantadas durante todo o ano e principalmente nesta data estão o combate ao estupro corretivo contra lésbicas, recorrente em vários lugares do mundo, como na África do Sul e leste europeu; a luta pela despatologização das identidades trans, com a retirada da categoria “disforia de gênero”/ “transtornos de identidade de gênero” dos catálogos diagnósticos (das Associações Psiquiátricas Nacionais e da Organização Mundial de Saúde), assim como a luta pelos direitos sanitários das pessoas trans; e a luta pela descriminalização de práticas homossexuais. Ao menos 78 países ainda contam com leis que criminalizam práticas homossexuais, sendo a maioria da África, seguidos por Ásia e América Central.
O que é a homofobia?
Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O termo é usado para descrever uma repulsa pelas relações afetivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista (opressão paralela, que suprime os direitos de lésbicas, gays e bissexuais) e da discriminação anti-homossexual.
A homofobia se manifesta de diversas maneiras e em sua forma mais grave resulta em ações de violência verbal e física, podendo levar até ao assassinato de LGBTs. Nesses casos, a fobia, essa sim, é uma doença, que pode até ser involuntária e impossível de controlar, em reação à atração, consciente ou inconsciente, por uma pessoa do mesmo sexo. Ao matar a pessoa LGBT, a pessoa que tem essa fobia procura “matar” a sua própria homossexualidade. A homofobia também é responsável pelo preconceito e pela discriminação contra pessoas LGBT, por exemplo no local de trabalho, na escola, na igreja, na rua, no posto de saúde, e na falta de e na falta de políticas públicas afirmativas que contemplem LGBT. Os valores homofóbicos presentes em nossa cultura podem resultar em um fenômeno chamado homofobia internalizada, através da qual as próprias pessoas LGBT podem não gostar de si pelo fato de serem homossexuais, devido a toda a carga negativa que aprenderam e assimilaram a respeito.
O SINASEFE Natal faz o chamamento a todos os trabalhadores e trabalhadoras para o combate às práticas homofóbicas, lesbofóbicas e transfóbicas, em todos os ambientes sociais, de forma a contribuir com essa que é uma das principais e mais urgentes lutas da atualidade.